Doses maiores

29 de agosto de 2016

Em busca de luz na Guerra Civil Espanhola

Há 80 anos tinha início a Guerra Civil Espanhola. De um lado, as forças fascistas com apoio de Exército, Igreja e latifundiários. Do outro, uma frente popular formada por sindicatos, partidos de esquerda e republicanos.

Em apoio aos primeiros, Hitler e Mussolini. Já os segundos, contaram com uma ajuda soviética completamente insuficiente. O conflito foi utilizado pelas forças fascistas como um campo de treinamento para a Segunda Guerra, incluindo o massacre de centenas de milhares de civis. 

A guerra foi tema de grandes obras literárias. Uma delas é “Lutando na Espanha”, de George Orwell, que pegou em armas contra os fascistas. No capítulo “Recordando a Guerra Civil”, o escritor e revolucionário inglês discute o papel dos trabalhadores na resistência ao fascismo:

A longo prazo - sendo importante lembrar que isso só acontece a longo prazo - a classe trabalhadora continua sendo o mais ferrenho inimigo do fascismo, simplesmente porque ela é que mais tem a ganhar com a reconstrução decente da sociedade. Diversamente de outras classes ou setores, não pode ser permanentemente subornada.

Orwell também compara a luta da classe trabalhadora a uma planta:

A planta é cega e ignorante, mas sabe o bastante para continuar subindo para a luz, e fará isso a despeito de todas as dificuldades e empecilhos. Pelo que estão lutando os trabalhadores? Apenas pela vida decente que cada vez mais sabem ser tecnicamente possível.

É verdade que não há garantias de que a planta alcance a luz. Mas no conflito espanhol e durante a Guerra Mundial, foram as forças da esquerda europeia que travaram o combate mais heroico às trevas fascistas. 

Leia também: Psicologia de massas e capitalismo

3 comentários:

  1. George Orwell na luta espanhola? Ouvi as mais lindas histórias sobre a luta espanhola, e saber que contou com o bico de pena, e de luta, de Orwell, me faz mais amar essa revolução.

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  2. George Orwell na luta espanhola? Ouvi as mais lindas histórias sobre a luta espanhola, e saber que contou com o bico de pena, e de luta, de Orwell, me faz mais amar essa revolução.

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    1. Sim! Hemingway também, mas este não pegou em armas. Só fez cobertura jornalística.
      Valeu!

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