Doses maiores

26 de junho de 2014

A suruba eleitoral e quem já ganhou a Copa

No Rio de Janeiro, o candidato à reeleição, governador Luiz Fernando Pezão, tirou seu antecessor Sergio Cabral da disputa pelo Senado para lançar o ex-adversário Cesar Maia, do DEM. A chapa do PMDB já está sendo chamada de “Aezão”, devido ao apoio enrustido de Pezão a Aécio. O petista Lindbergh Farias quer o deputado Romário como candidato a senador. O ex-jogador é do PSB, de Eduardo Campos, adversário de Dilma.

A grande imprensa diz que se trata de uma orgia eleitoral, em que “ninguém é de ninguém”. Fácil falar assim. Dá a impressão de que eles, os políticos, só pensam neles. Mas por trás dessa suruba, estão poderosos cafetões. É só verificar como vão ficar as doações das empresas às diversas candidaturas e partidos. A disputa é pelo direito de melhor representar o poder econômico nos diversos postos executivos e legislativos.

Enquanto isso, a Copa já começou com ganhadores definidos. São os patrocinadores. Em primeiro lugar, a Nike, cuja marca representa 10 seleções na competição. Depois vêm Adidas e Puma, com oito equipes cada. Nas chuteiras, a Nike tem Neymar, Cristiano Ronaldo, o francês Franck Ribéry e o belga Eden Hazard. A Puma vai com David Luiz, Thiago Silva, o espanhol Fabregas, o francês Yaya Toure e o italiano Mario Balotelli. A Adidas tem Messi, Oscar, Daniel Alves, os uruguaios Suarez e Forlán e o alemão Özil.

Nada disso quer dizer que já está tudo decidido. Na Copa ou nas eleições, a competição vai ser tão dura quanto são poderosos os interesses. Mas nos dois casos, a minoria joga e decide. O resto fica torcendo.

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