Doses maiores

10 de outubro de 2013

Na dúvida, a certeza é defender os black blocs

“Sindicato dos professores declara oficialmente apoio aos Black Blocs”, estampou o jornal O Dia, em 09/10. A entidade tomou a decisão em assembleia realizada no mesmo dia. A decisão tem relação com o quebra-quebra ocorrido na Cinelândia em 07/10.

O manifesto aprovado pela assembleia diz: “O Estado e seus gestores (Sérgio) Cabral e (Eduardo) Paes iniciaram uma ofensiva militar contra os movimentos sociais e a nossa greve, através de choques, bombas e sprays de pimenta. Devemos nos defender e seguir nas ruas”.

Os BBs não estão isentos de críticas. Longe disso. Mas é como disse o coordenador geral do Sindicato, Alex Trentino: "nos protestos dos professores os causadores dos conflitos não foram os black blocs e sim a polícia".

Trotski dizia que os sindicatos carregam uma pesada retaguarda. Não são partidos políticos, cujos membros se alinham ideologicamente. Entre seus filiados há desde revolucionários a conservadores convictos. Mas, neste caso, a entidade dos educadores mostrou-se mais avançada que os partidos de esquerda.

Os black blocs estão sendo enquadrados na lei 12.850, publicada em agosto passado. Ela é conhecida como Lei de Organização Criminosa. Pretende punir “atos de suporte ao terrorismo, bem como os atos preparatórios ou de execução de atos terroristas”.  

O alvo dos BBs são prédios públicos e privados. Eles entendem que ambos são símbolos do poder político e econômico e por isso devem ser destruídos. A missão da polícia é defender o patrimônio publico e privado, mesmo que isso signifique usar bombas, balas, gás e tortura contra pessoas.

Qual dos dois pratica terrorismo? Qual merece nosso apoio, ainda que com divergências? Estamos em outubro, pô!

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