Doses maiores

5 de abril de 2013

E o capital avança sob o governo petista

Os jornais de hoje confirmam. O governo Dilma realmente pretende conceder benefícios ao setor privado de saúde. Outro pacote de bondades para os patrões.

Enquanto isso, a atividade industrial do País teve uma queda de 2,5% na produção de janeiro para fevereiro. É a maior desde dezembro de 2008, auge da atual crise mundial. Ou seja, as isenções fiscais para o capital só estão tendo um efeito concreto: retirar recursos dos já precários serviços públicos.

Ao mesmo tempo, o queridinho do projeto lulista de desenvolvimento anda mal das pernas. Eike Batista acaba de se rebaixado pela agência de risco Standard & Poors. Passou para o nível B-, “equivalente ao de um pré-calote”, dizem os especialistas. O dono do “império X” deve mais de R$ 10 bilhões só ao BNDES. Mas é devedor de outros bilhões a bancos privados.

Dizem que Eike Batista pediu socorro a Dilma e levou um sonoro “não” da presidenta. Mas não nos enganemos. Dilma é a continuidade de Lula, com apenas algumas diferenças. Os constantes agrados aos grandes empresários fazem parte do projeto petista de governo.

Há muitas divergências na equipe governamental, mas não quanto ao essencial. Este foi definido há muito tempo: apostar nos capitalistas para melhorar a vida de seus empregados. Algo que tem tudo para dar errado porque sempre deu errado. Eike Batista está aí para mostrar. Se suas empresas quebrarem, o prejuízo será arcado pelos cofres públicos e por seus trabalhadores.

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