Doses maiores

16 de janeiro de 2013

A crise europeia e o gato Orlando

Marcelo Justo publicou “Multinacionais, Europa e austeridade” na Carta Maior. Ele dá um quadro pessimista para a crise na União Europeia (UE). Logo nos primeiros 15 dias de 2013, a Ford, na Bélgica, e a Honda, no Reino Unido, anunciaram fechamento de fábricas e demissões.

Cita estudo da consultoria McKinsey: “O investimento anual nos 27 países da UE caiu em aproximadamente 350 bilhões de euros entre 2007 e 2011, uma queda 20 vezes superior à registrada no consumo privado e quatro vezes maior do que a queda do conjunto da economia”.

A maior economia da região é a alemã. Em 2012, amargou um crescimento de apenas 0,8%. O órgão de estatísticas Eurostat acusa desemprego de 11,8%, mas o índice chega a 25% em países como Grécia e Espanha.

Apesar disso tudo, alguns otimistas comemoram crescimento de 12% nas bolsas de valores do continente no ano passado. Nesse caso, talvez fosse bom prestar atenção no gato Orlando. Recente matéria do jornal britânico “The Observer” destacou o felino como “o investidor de faro mais aguçado em 2012”.

A matéria explica como ele escolhe as melhores ações para investimento. Orlando atira o seu rato de brinquedo na direção de um número que representa uma empresa. Seus palpites se mostraram melhores que os de profissionais de investimento e alunos de economia.
 
O experimento provaria uma tese do economista Burton Malkiel. Para ele, “os preços das ações sobem de modo completamente aleatório, tornando as bolsas de valores totalmente imprevisíveis”. 

Mas nem tudo é tão acidental. Os índices de desemprego e pobreza europeus mostram quem são as vítimas inevitáveis da crise capitalista.

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