Doses maiores

24 de setembro de 2012

Quando Einstein é só mais um aprendiz

Não é preciso ser nenhum Einstein para ver que o socialismo é a única alternativa inteligente para a humanidade. Mas Einstein era socialista. Em 1949, ele escreveu o artigo “Por que o socialismo?” para o lançamento do primeiro número da revista marxista americana Monthly Review.

Um de trechos mais interessantes do texto relaciona socialismo e educação. Segundo Einstein a busca cega por lucro é “o pior mal do capitalismo”. E é este mal que estimula “uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira”, afirma o famoso físico.

Como solução ele propõe “A constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objetivos sociais”.

Interessante lembrar que Einstein nunca foi um aluno brilhante. E que começou suas pesquisas trabalhando em um escritório de patentes, longe das universidades. Talvez, sua obra genial só tenha sido possível porque a escola e a academia tiveram pouca importância em sua formação teórica.

No final do artigo, Einstein alerta para graves ameaças ao projeto socialista. Referindo-se à necessidade do planejamento social da economia, ele afirma:

É necessário lembrar que uma economia planejada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planejada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas sociopolíticos extremamente difíceis.

Como se vê, nem mesmo Einstein tinha soluções geniais para os desafios da construção do socialismo. Como nós, ele tinha pouco a ensinar e muito a aprender com as lutas dos trabalhadores.

Leia também: Os valiosos erros da classe operária

Um comentário:

  1. Engraçado perceber que, sempre que levantam uma rápida biografia do Einstein, jamais mencionam sua convicção comunista - ou socialista.

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