Doses maiores

4 de maio de 2011

Osama é o cachorro morto de Obama

Obama já colhe os frutos pela morte de Osama. O presidente americano mandou invadir um país estrangeiro e fuzilar um prisioneiro de guerra e sua família. Seus índices de popularidade começaram a subir.

Compreensível. Afinal, eleger Obama não implicou dizer não a tudo o que Bush representava. Ao contrário, várias promessas de campanha deixaram de ser cumpridas. Nada aconteceu. Uma delas foi cumprida: a criação de um sistema público de saúde. Nem saiu do papel e beneficia as empresas de medicina. Mas, foi o bastante para que Obama fosse “xingado” de socialista.

O que já vinha salvando Obama são a incompetência e estupidez dos republicanos. Agora, com a morte de Bin Laden, Obama pode bancar o “cara durão” como quer o eleitorado branco e conservador. Aquele que sempre comparece às eleições em massa para manter sólida a ditadura eleitoral americana.

O embaixador brasileiro no Paquistão declarou que Bin Laden já não era o chefão da Al Qaeda há anos. O lugar foi ocupado por Al Zawahiri. O jornalista inglês Robert Fisk confirma a informação e sobre o tão falado poderio da Al Qaeda declarou:
...as revoluções de massa no mundo árabe nos últimos quatro meses significam que a al-Qaeda estava politicamente morta. Bin Laden disse ao mundo (...) que queria destruir os regimes pró-ocidentais do mundo árabe, as ditaduras dos Mubaraks e dos Ben Alis. Ele queria criar um novo Califado Islâmico. Mas nos últimos meses, milhões de muçulmanos árabes se levantaram e estavam preparados para seu próprio martírio — não pelo islã, mas por liberdade e democracia. Bin Laden não se livrou dos tiranos. O povo, sim (Leia mais aqui).
Como golpe de publicidade, o chute que Obama deu num “cachorro morto” vai indo bem.

Leia também: Violência revolucionária não é terrorismo

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