Doses maiores

30 de maio de 2011

Democratizar o FMI é piada sem graça

Dominique Strauss-Kahn era o Diretor-Gerente do FMI. Pediu demissão após ser preso por ter cometido agressão sexual contra uma camareira, em um hotel em Nova Iorque.

De qualquer maneira, a vacância do cargo alimentou uma disputa boba. Os países chamados “emergentes” querem indicar o novo presidente. Brasil, Índia e China reclamam uma espécie de “democratização” da instituição. Sobre isso, vejam o que diz o economista americano Robert Shapiro, ex-subsecretário de Comércio dos EUA na gestão de Bill Clinton:
Não acho que um candidato de país emergente faria diferente. Haveria mais atenção para esses países, mas, ao mesmo tempo, qualquer um que seja escolhido vai compartilhar da visão geral do establishment financeiro internacional (Valor - EU& Fim de semana - 27/05/2011).
E completa: “Não há dúvida de que Strauss-Kahn fez um excelente trabalho no FMI”. Shapiro sabe do que está falando. Talvez, estupros façam parte das habilidades necessárias para alguém que pretenda presidir o FMI. Querer democratizar um antro destes não pode ser mais que uma piada bem sem graça.

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