Doses maiores

14 de fevereiro de 2011

Redes sociais não fazem revolução, mesmo

Pesquisa da agência JWT foi divulgada em 08/02, durante Social Media Week São Paulo. O estudo mostra que a maioria dos que mantém blogs e participam de Twitter, Facebook, Orkut baseiam sua troca de conteúdo e opiniões naquilo que publicam as grandes empresas de comunicação.

A pesquisa analisou mais de 7.400 matérias de 2010, do "Jornal Nacional" e das revistas "Época" e "Veja". Os dados referentes às redes sociais foram colhidos através das ferramentas “Google Trends”, “Google Em Tempo Real” e relatórios divulgados no final do ano pelo Twitter e pelo Facebook.

O vice-presidente de planejamento da JWT, Ken Fujioka, concedeu entrevista à Folha sobre o estudo. Ele cita uma das hipóteses para explicar a pouca influência das redes sociais no Brasil: "Quanto mais fragmentada a audiência, mais propício é o ambiente para que os blogs sejam influentes. E no Brasil a internet é muito concentrada."

A matéria da Folha informa que os sete principais portais brasileiros concentram 75% de todas as visitas do Brasil. Estamos falando de UOL, Terra, iG, Globo.com, Google, YouTube e Orkut. Fujioka diz que a "concentração é resultado da competência desses portais". E completa: “os blogueiros que fazem sucesso no Brasil acabam sendo absorvidos pelos portais".

Ao que Fujioka chama de competência, damos o nome de monopólio. A internete sofre do mesmo mal que ataca as outras mídias: elevada concentração da propriedade. A conseqüência é uma enorme influência sobre como devemos agir e pensar.

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