Doses maiores

20 de março de 2017

Nat King Cole e o racismo no país de Trump

Nat King Cole teria completado 98 anos em 17/03, se estivesse vivo. A data foi lembrada por um artigo de João Máximo, no Globo.

Entre outras coisas, Máximo afirma que ele foi “o primeiro negro a estrelar um programa de TV nos Estados Unidos e o maior vendedor de discos da gravadora Capitol, numa época em que Frank Sinatra vivia nela sua melhor fase”.

Em 1948, ele estourou nas paradas com “Nature boy”. Foi o bastante para que o mundo caísse sobre ele. Os moradores brancos de Hancock Park, onde Cole comprara um casarão de três andares, “fizeram pressão para que ele se mudasse”, conta Máximo.

Seu programa de TV foi transferido do horário nobre para a manhã e, um ano depois, suspenso. Os patrocinadores começaram a sumir, pois telespectadores brancos se recusavam a aceitar “um negro cantando coisas de amor para suas mulheres”.

Mas o pior viria em Birmingham, Alabama, em 1956. Ele e sua banda aceitaram se apresentar em sessões separadas. Uma só para negros, outra, para brancos. Nesta última, “cinco membros do Conselho dos Cidadãos Brancos do Alabama subiram ao palco e o espancaram à vista de todos”, diz o artigo.

Um dos maiores sucessos de Cole era “Unforgettable” (Inesquecível). As canções e o talento de Cole realmente jamais devem ser esquecidos. Mas, infelizmente, histórias como a perseguição racista que ele sofreu também não podem sair de nossas memórias. Elas ajudam a entender porque há um Donald Trump governando os Estados Unidos.

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