Doses maiores

14 de março de 2016

Para bom entendedor, meia palavra bas...

Os “terroristas” não gostaram

Uma nota técnica divulgada por 13 organizações defende que presidenta Dilma Rousseff vete o na íntegra o PL 2016/2015, mais conhecido como “lei antiterrorista”. O projeto aprovado a toque de caixa pelo Congresso Nacional é classificado pelo documento como o “maior retrocesso político-criminal desde a redemocratização em 1988”.
 
Um exemplo dos absurdos da proposta é criminalizar o ato de compartilhar uma publicação no Facebook apoiando um protesto. Detalhe: a pena é maior que a imposta a um homicídio culposo.

Assinam a nota as seguintes organizações: Conectas, Rede Justiça Criminal, Instituto de Defesa do Direito de Defesa, Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, Associação pela Reforma Prisional, Justiça Global, Instituto Sou da Paz, DDH, AJD, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Processo de Articulação e Diálogo, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Plataforma de Direitos Humanos. Tudo terrorista, claro.

O adeus de Lula

Em novembro de 2002, já eleito, Lula se reuniu com 500 sindicalistas no Hotel Hilton, na capital paulista. Em maio de 2003, participou da 41ª Assembleia Geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, em Indaiatuba, interior paulista.

Ambos os encontros simbolizavam as principais e mais importantes forças sociais responsáveis pela trajetória vitoriosa de Lula e pela formação do PT: os trabalhadores organizados e os movimentos sociais.

Mais de uma década depois, fica claro que aqueles encontros serviram para que Lula desse um agradecido, mas definitivo, adeus a suas bases sociais.

Não foi por falta de aviso. Em junho de 2002, plena campanha eleitoral, a chamada “Carta aos Brasileiros” deixou tudo muito óbvio. Pelo menos, para os bons entendedores.

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2 comentários:

  1. Ah, dependendo da manifestação que for compartilhada acho que até dá para ser considerada como terrorismo. Dá para colocar um adendo de classificação do tipo de manifestação? Brincadeira, quem não me conhece... Mas dado o ridículo da proposta, a minha emenda não fica descabida. Custo a acreditar que isso passou. Ainda mais em tempos da direita estar indo às ruas e usando este meio. É dar tiro no pé (deles), não entendi.

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  2. Dá pra entender, sim, Marião. É só ver como são tratadas as manifestações. Algumas são aos domingos, com ampla divulgação e cobertura pela grande imprensa, contando com esquemas especial de transporte e alegremente acompanhadas pela polícia, cuja única ocupação é fazer pose para as selfies dos participantes. Estas estão e estarão sempre excluídas da nova legislação.

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