Doses maiores

23 de novembro de 2015

O berço do conhecimento universal é africano


 Imhotep 
“África: lugar das primeiras descobertas, invenções e instituições humanas” é o título de artigo de Dagoberto José Fonseca, de julho de 2009, e republicado pelo portal Geledés em 19/11.

O professor da Unesp-Araraquara revela informações surpreendentes sobre as contribuições dos povos africanos para o conhecimento universal.

Por exemplo, a agricultura africana, surgida no vale do rio Nilo, tem cerca de 18 mil anos, sendo duas vezes mais antiga do que no sudoeste asiático. A pecuária apareceu 15 mil anos atrás, no atual Quênia.

Já ficou comprovado que Sócrates, Platão, Tales de Mileto, Anaxágoras e Aristóteles estudaram com sábios africanos.

Dizer que Hipócrates foi o pai da medicina deixou de ser verdade desde que foi provado que o cientista clínico egípcio Imhotep já praticava medicina mais ou menos 3 mil anos antes de Cristo. Uns 2.500 anos antes do grego.

Onde é hoje Uganda, na África Central, os Banyoro já faziam a cirurgia de cesariana. Muito antes da primeira intervenção desse tipo ser feita na Inglaterra, em 1879.

A remoção de cataratas foi registrada no Mali e no Egito, por volta de 4.600 anos atrás. Sendo que, nessa mesma época, os egípcios já faziam cirurgias para retirar tumores cerebrais.

Há cerca de 6 séculos, o povo Dogon, no Mali, já conhecia o sistema solar, a Via Láctea, as luas de Júpiter e os anéis de Saturno. Também deduziu que o universo é habitado por milhões de estrelas e que a lua era deserta e inabitada, sendo refletida pelo sol à noite

Claro que tudo isso continua soterrado por camadas de preconceitos e racismo. Inclusive, nas universidades.

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