Doses maiores

12 de maio de 2014

A luta contra o racismo mais eficaz do mundo

O racismo é uma das manifestações da luta de classes. Portanto, podemos afirmar que a luta anti-racismo não fragmenta a luta proletária. Mas, ao contrário, fragmentamos o proletariado quando deixamos de incorporar efetivamente a luta anti-racismo, pois assim deixamos de trazer pras nossas trincheiras parte da parcela maior da nossa classe.

O trecho acima é do texto “O lugar do racismo na luta de classes brasileira. O dilema do proletariado preto”, de Gas-PA, rapper do coletivo de hip-hop “Lutarmada”. Trata-se de uma contribuição muito importante, mas quase solitária na esquerda brasileira.

Mais de um século após o fim da escravidão legal no País, a população negra continua a ter negados os direitos mais básicos. Mesmo assim, permanece forte o mito da democracia racial.

E até na difícil tarefa de combater o que Gas-PA considera “o racismo mais eficaz do mundo”, os pretos têm trabalho redobrado:

Por uma nítida opção, aos brancos basta a produção teórica de seus pares. Mas, além de se apropriar das mesmas fontes que os camaradas brancos, aos pretos é necessária ainda a apreensão do que já foi produzido pelos autores da diáspora africana. E como na maioria das vezes essa produção teórica dos pretos não leva em consideração o fator “classe”, ainda recai sobre o militante preto produzir combinando esses vários legados. Mas não termina aí. Aos militantes pretos cabe ainda a tarefa de ler o que setores do Movimento Negro escrevem contra o marxismo, pra poder tecer a crítica sobre essas obras. Não é fácil!

Não é fácil, mesmo. Mas podemos começar a colaborar, divulgando o documento de Gas-PA.

Clique aqui para ter acesso ao texto na íntegra.

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