Doses maiores

19 de março de 2013

A subordinação petista ao grande capital

O Congresso Nacional transformou-se numa caixinha de péssimas surpresas. Não porque tenha já surpreendido positivamente antes. É que sob um governo dito de esquerda, vêm acontecendo coisas inesperadas demais.

A nomeação do rei da soja, Blairo Maggi, para a Comissão do Meio Ambiente é uma delas. A ministra do Meio Ambiente, Isabel Teixeira, calou. O racista e homofóbico Marco Feliciano foi para a Comissão de Direitos Humanos. A ministra da área, Maria do Rosário, nem se mexeu.

Não esqueçamos as eleições de Renan Calheiros para a presidência do Senado e de Eduardo Henrique Alves para a Câmara dos Deputados com apoio petista. Já a reforma ministerial, trouxe de volta corruptos notórios e manteve outros.

Os governistas justificam com a manutenção “da governabilidade”. Mas Dilma Roussef governa para quem, afinal? Vejamos algumas medidas:

- Constantes isenções fiscais para que empresários criem ou mantenham o nível de emprego só têm conseguido manter ou aumentar as taxas de lucros dos setores beneficiados.

- A desoneração integral da cesta básica esperava levar à queda de preços de seus produtos. Melhor esperarmos sentados.

- Bancos públicos privilegiam o grande capital.

- Há intenção de conceder isenção fiscal para a saúde privada.

- Outro projeto envolve ceder bens da União emprestados às empresas de telecomunicações em troca de investimentos em infraestrutura.

Os petistas acusavam corretamente os governos tucanos de se subordinarem ao grande capital. Hoje, sua ações causam mágoa até em Fernando Henrique Cardoso. Ele declarou recentemente: “Quem não tem projeto é quem está no governo, porque eles pegaram o nosso” (Folha de S. Paulo, 26/02/2013).

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