Doses maiores

15 de setembro de 2012

Contra a crise, invista em ouro... e compre armas

Exatos quatro anos depois da quebra do banco Lehman Brothers, o artigo “Novos tremores à vista?”, de Eduardo Campos, apresenta Brent Johnson, presidente de um novo fundo financeiro baseado em investimentos em ouro.

O texto publicado pelo Valor em 13/09 diz que o especialista prevê novos abalos na economia mundial. Johnson produziu um vídeo para explicar suas razões. No material, ele lembra como são pouco confiáveis as autoridades econômicas americanas.

É o caso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve. Em 16 de julho de 2008 ele declarou: "Fannie Mae e Freddie Mac vão passar pela tempestade, sem perigo de tombar. Estão adequadamente capitalizados". Em 8 de setembro, esses dois grandes bancos tinham sido estatizados para não quebrarem.

Diante de tamanha incerteza, Johnson recomenda investir em ouro. Segundo ele, único ativo sólido. Literalmente. E não é o único. Kyle Bass ficou famoso ao recomendar a seus clientes que fugissem dos "subprimes" e prever o colapso da Grécia. Ele também aconselha investimentos em ouro. Mas acrescenta outra recomendação: a compra de armas de fogo. É que Bass “acredita que a dissolução do sistema vai gerar tumulto social sem precedentes”.

Os conselhos podem valer alguma coisa para uma minoria. São os poucos que têm dinheiro a ser protegido. Mas estes já têm muitas armas à disposição. São as forças estatais de repressão. E elas estão sempre prontas para atacar as vítimas do desemprego e da miséria que ousam protestar.

Quanto à grande maioria, só nos resta investir em organização e ampliar nosso arsenal de lutas com manifestações, greves, ocupações, publicações. Para nós, isso vale mais que ouro.

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