Doses maiores

18 de julho de 2012

Olimpíadas: nada a ver com esportes

“Nas mãos do Comitê Olimpíco Internacional, os Jogos Olímpicos têm tanto a ver com esportes, como a Guerra do Iraque com democracia”. Estas palavras são de Dave Zirin em entrevista para Gareth Edwards, publicada na revista inglesa “International Socialist Journey”.

Zirin é um dos mais conhecidos marxistas a escrever sobre esportes na atualidade. Ele oferece várias informações importantes sobre os Jogos. Para quem não lê inglês ou tem pouco tempo para fazê-lo, vamos destacar alguns trechos nesta e em futuras doses.

Há vários eventos que ficaram esquecidos, soterrados pela mídia e pelo consumismo que vem envolvendo o evento há muitas décadas. Por exemplo, o massacre de centenas de estudantes na cidade do México durante os Jogos de 1968. Quase ninguém fala disso.

Naquela mesma Olimpíada, aconteceu o ato corajoso de Tommie Smith e John Carlos. Ao receberem medalhas na prova dos 200m de atletismo, os dois atletas negros ergueram um braço com o punho fechado. Era a saudação dos “Panteras Negras” americanos. Foram duramente punidos por isso.

John Carlos também é autor de uma frase que diz muito sobre o verdadeiro espírito olímpico moderno. “Sabe por que os Jogos acontecem a cada quatro anos? É o tempo que eles demoram para contar todo aquele dinheiro”, disse ele.

Zirin também conta sobre certas tradições fascistas presentes nas Olimpíadas. Por exemplo, a entrada dos atletas marchando na abertura foi introduzida pelos nazistas, em 1936. Era a militarização dos Jogos. Está aí até hoje.

Mas estas e outras informações virão com mais detalhes, em breve. Aguardem ou acessem a íntegra da matéria, em inglês, aqui.

Leia também: A democracia corintiana e a nobreza dos meios

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