Doses maiores

11 de janeiro de 2011

Ciúmes, esquerdismo e imperialismo júnior

O Globo vem reproduzindo vazamentos do Wikileaks sobre as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. São documentos da embaixada americana em Brasília que circularam em 2009. Neles, a política externa do governo Lula é chamada de anti-ianque, ciumenta e esquerdista.

 

Apesar de vir de quem vem, a caracterização não deixa de fazer sentido. Não é difícil passar por “anti-ianque” diante da arrogância do Estado americano. Quanto à “ciumeira” brasileira, explica-se pela obsessão do Estado nacional por transformar o restante da América do Sul em seu quintal. Meta cujo alcance vive a ser atrapalhada pelas constantes intromissões ianques na região.

 

Em relação a nossa diplomacia esquerdista, sempre haverá os que acreditam na vocação socialista e anti-imperialista do governo Lula. Crença de comprovação quase impossível. Foram muitos os serviços governamentais prestados a Odebrecht, Camargo Correa, Eike Batista, Itaú, Friboi etc. Verdadeiras potências capitalistas nacionais. Responsáveis por grandes estragos ambientais e sociais entre os povos vizinhos. Orgulhos do imperialismo jr. brasileiro. Aquele que esperneia e grita contra seu concorrente forte, grande e desajeitado do norte.

 

O Wikileaks revela as sujeiras do andar de cima. Daqueles que sempre estiveram no poder e também dos que chegaram recentemente a ele.

 

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